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5 de jan. de 2013

Nada muda


Mudança. O meu quarto está (quase) vazio, a não ser por um porta-retrato que está na parede, e lá ficara. A redor está um barulho infernal, homens gritando: "Cuidado! Pode Quebrar", lembranças e um leve cheiro de jasmim (sim, jasmim, minha ex- janela fica perto de um jardim), remorso, tristeza e liberdade. Mudança.
Eu não consigo enxergar nada em minha frente, há uma longa estrada, 360 dias e muito medo me embaraçam a visão. Já tentou respirar a fumaça de uma vida pegando fogo? Uma vida em chamas!? Tudo que construiu, que viveu, sentiu e fez, desce descarga abaixo, quando um idiota diz: "não". Há um estado de choque no começo, na volta para casa você sente seu coração pesando uma tonelada, e passa uma hora debaixo de uma ducha fria... Eu não posso fazer com que você me ame... Não. Nada muda, tudo se repete,     algo sempre te magoará. Eu li no meu coração que as palavras vão passar, todos os esforços são inúteis, não existe um decodificador de corações, e nada mudará, há não ser as estações [...]

Gabriela Barreto de Souza,
XV

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